segunda-feira, 3 de setembro de 2012


Um time de marcas improváveis

O Flamengo está se especializando em sofrer perdas “improváveis”. Neste domingo, na derrota por 4 a 1 diante o Internacional, o volante Josimar, o atacante uruguaio Forlán e Leandro Damião fizeram gols.

E o que há de improvável nisso?

Perder para um clube grande como o Inter, no sul, com um time que conta com Guiñazu, D’Alessandro e Leandro Damião é perfeitamente aceitável. Mas voltemos aos gols: Forlán marcou o gol de empate quando o jogo estava 1 a 0 para o Flamengo, gol de Vagner Love.

Forlán e Damião comemoram o gol de empate o jogo. Foram
várias oportunidades da dupla de ataque durante a partida
Acontece que o atacante ex-Inter de Milão estava a sete partidas sem marcar. Foi o primeiro gol de Forlán pelo time gaúcho, exemplo seguido por Josimar que, depois de 17 partidas representando o Inter, marcou seu primeiro tento. Muita coincidência o Flamengo promover a “estreia” às redes de dois jogadores de uma vez?

Na rodada passada, o Rubro-Negro enfrentou o Sport, em casa. O time nordestino estava a 757 minutos (sete jogos) sem marcar. Mais uma vez surpreendente, o Flamengo, depois de abrir o placar com Ibson (primeiro gol dele desde que voltou ao Fla), viu o meia Hugo empatar para o time nordestino, dando números finais ao jogo. Ah sim, foi o primeiro gol de Hugo pelo Sport nesse Brasileiro...


Outro feito improvável, mas sem muito mérito para o time da gávea, foi o resultado contra o São Paulo, na décima terceira rodada do nacional. Com o técnico recém chegado Ney Franco na corda bamba, o Flamengo seria o próximo adversário do tricolor paulista. A crise estava semi-instalada no São Paulo: A torcida culpando Luís Fabiano pelos maus resultados recentes, sendo que o último deles foi a derrota diante o (na época lanterna) Atlético-Go por 4 a 3.


Dorival não gostou do que viu: o sistema defensivo do Fla
não funcionou em momento nenhum contra o Internacional 
A partida, que marcava a volta de Rogério Ceni de longo tempo de lesão, foi uma goleada são-paulina por 4 a 1, com dois de Luis Fabiano, (mas levar do gol de Luis Fabiano não é surpreendente para time nenhum).

A goleada sofrida ante o Internacional tem traços parecidos. Fernandão não estava firme no cargo e o Internacional vinha de três derrotas e um empate. Com a vitória, o time gaúcho chega a 34 pontos e ocupa a sétima posição. Já o Flamengo fica com 27 pontos, na décima segunda posição.

O Flamengo precisa entrar mais ligado em resultados que provavelmente serão favoráveis. E sabe aquele zagueiro que está há anos no clube sem fazer gol? Contra o Time da Gávea, é bom manter o olho nele.

terça-feira, 21 de agosto de 2012


Falta Gol na Festa do Gigante

Há 114 anos atrás, o Brasil e o mundo ganhava um gigante do futebol: o Clube de Regatas Vasco da Gama. Primeiro clube brasileiro a ganhar um título internacional, o Sul-Americano de Clubes Campeões de 1948, quatro vezes campeão brasileiro  e pioneiro em aceitar negros no time, o clube cruzmaltino tem uma história gloriosa que pode se orgulhar.

Mas na semana do aniversário, a derrota para o arqui-rival Flamengo deixou a torcida preocupada. A paciência, que veio minada pelo incrível empate contra o Coritiba, está ainda mais curta com a derrota desse domingo. O que há de mais preocupante nesses dois jogos é a falta de capacidade na criação de jogadas ofensivas.

Desde a compra dos direitos de Éder Luis
junto ao Benfica, o atacante tem decepcionado  
O momento não condiz com a "tradição" vascaína. Os três maiores artilheiros da história do Brasileirão são ídolos do clube da “Cruz de Malta”. O primeiro é o atual presidente do Vasco, Roberto Dinamite, com 190 gols. Logo atrás vem Romário, com 154 gols e em terceiro, o atacante Edmundo com 153. Bons números no passado, dados nem tão animadores no presente.

A dupla de ataque do Vasco está em má fase: Éder Luis caiu de produção drasticamente e não é sombra do atacante veloz do ano passado. Além de perder Fagner, para fazer suas jogadas pelo lado direito do ataque carioca, Éder teve problemas físicos que prejudicam seu desempenho. Esse ano são 28 jogos e apenas 4 gols.

O outro responsável por balançar as redes é o ex-artilheiro do Brasileirão, Alecssandro . Começou bem o Campeonato Nacional, com oito gols em 13 jogos, mas já são seis partidas sem comemoração e sem careta.O último gol foi no clássico contra o Botafogo, em que o Vasco ganhou de 1 a 0.

Já na parte de criação tudo cai nas costas do craque veterano Juninho Pernambucano. Ele ajuda na passagem de bola da defesa para o meio de campo, e também tem que fazer o último passe. O “Reizinho” é diferenciado, mas não é dois para dar conta do recado sozinho.

O recém chegado Wendel ajuda nessa transição de bola para o ataque, mas não com o mesmo brilho do camisa oito da colina. Felipe marcou um gol no empate contra o Coxa, mas não anda fazendo o que se espera dele: o passe decisivo. A última assistência dada pelo “Maestro” foi na vitória sobre a Ponte Preta, na sétima rodada.

Resultado disso é que faltas e escanteios se tornam a única (e previsível) jogada de ataque do time da colina. No mês de agosto, o Vasco fez apenas quatro gols (dois na vitória contra o Sport e mais dois no empate com o Coritiba) e passou em branco contra Corinthians, Atlético-MG e Flamengo. Metade dos gols marcados nasceram de bola parada com Juninho.

O único que mostra um aumento de produção é Carlos Aberto, que assume a camisa 10 (que estava sem dono desde Diego Souza) e já parece ter status de titular. Parece. Porque não se sabe bem o que se passa na cabeça de Cristovão Borges, mas isso é assunto pra outro post...

São 114 anos de história, conquistas e alegrias. Mas se o atual elenco quiser seguir a tradição do Gigante, o primeiro passo é voltar a fazer a especialidade da casa: gols.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012


Nascidos no Lugar Errado


Alguns jogadores são marcados por conquistar títulos por onde passam. Além de talento, outros fatores influenciam para que a carreira de um atleta seja vitoriosa no futebol. Defender uma equipe forte é uma vantagem para quem quer ser campeão. Lógico que há exceções. Craques como Maradona ganham uma Copa do Mundo “levando o time nas costas”, como aconteceu em 1986. Outras estrelas não conseguem a mesma façanha. Alguns passam a carreira com destaque mundial atuando pelo seu clube, sem nunca ganhar um título pelo seu país. O Visões de Jogo começa hoje uma série listando alguns jogadores reconhecidos mundialmente, mas ainda não tem "canecos" pela seleção.

Andriy Shevchenko (Ucrânia): O jogador, ídolo no Milan e no Dínamo de Kiev (clube que o revelou), já foi campeão da Champions League e do Campeonato Italiano pelo Milan, além de ter sido o terceiro melhor jogador do mundo em 2004. Pela seleção, é o maior artilheiro da história, com 48 gols. Com o “Sheva” no time, a Ucrânia teve como melhor desempenho chegar às quartas de final da única Copa do Mundo que a Ucrânia participou, em 2006. Na Euro, a primeira participação aconteceu nesse ano, sem conseguir passar pela fase de grupos.




Zlatan Ibrahimović (Suécia): O grandalhão que também é faixa preta de Taekwondo, já ganhou quatro* edições do Campeonato Italiano (três pela Internazionale e um pelo Milan). O atual atacante do Paris Saint-Germain-PSG  acumula três títulos de melhor jogador da Serie A (2008, 2009, 2011), além da artilharia de 2009 e 2012. Mesmo assim, não conseguiu levar sua seleção às quartas de final da Euro2012. A Suécia já teve tempos melhores: foi vice campeã da Copa do Mundo, perdendo na final para o Brasil em 58. Foi sua melhor colocação nas 11 edições que participou. Com o atacante em campo, esteve nas Copas de 2002 e 2006, ficando na 14º e na 16º posições, respectivamente.





George Weah (Libéria): Nesse pequeno país de pouco mais de quatro milhões de habitantes (cerca de 2% da população brasileira) nasceu George Weah, melhor jogador do mundo da FIFA em 1995.  Nesse mesmo ano recebeu a Bola de Ouro, sendo o único jogador africano a receber os dois títulos. Defendeu o PSG em 1992 até ir para o Milan, em 1995. Atacante rápido e robusto, fez 46 gols em 114 jogos com a camisa rossonera. Ganhou o Campeonato Italiano em 95 e 99, além da Champions League, também pelo Milan. Pelo Paris Saint-Germain, faturou o Campeonato Francês de 94, além de outros títulos na carreira. É reconhecido como um dos melhores jogadores da história do Milan. Defendeu ainda o AS Mônaco (França), e os ingleses Chelsea e o Manchester City. Já pela seleção da Libéria tem 60 partidas, com 22 gols. O país nunca foi para a Copa do Mundo nem passou pela primeira fase da Copa Africana das Nações.




Ryan Giggs (País de Gales) Você deve estar pensando “Mas ele não joga pela Grã-Bretanha, que nem nas Olimpíadas?”. Acontece que nessas Olimpíadas, a Grã-Bretanha engloba a Irlanda do Norte, País de Gales, Inglaterra e Escócia pelo fato da competição ocorre em Londres. Já nas competições organizadas pela FIFA ( caso da Copa do Mundo) cada país joga por si. Voltando ao Ryan Giggs... É o jogador com mais títulos na história do Manchester United, clube que defende há 25 anos (4 anos nas categorias de base  e 21 na equipe principal). Desde sua estreia, em 1991, pelos “Red Devils”, o galês fez 909 partidas e 163 gols. É uma lenda viva do time de Manchester, tendo conquistado títulos como a Champions League de 99 e de 2008, mesmo ano que ganhou o Mundial de Clubes. Ao todo, são 12 títulos do Campeonato Inglês (93, 94, 96, 97, 99, 2000, 2001, 2003, 2007, 2008, 2009 e 2011). Pelo País de Gales são 63 partidas e 12 gols. A Seleção Galesa só foi a uma Copa do Mundo, em 1958, eliminada nas quartas de final.




Cristiano Ronaldo (Portugal): Melhor jogador do mundo de 2008,  venda mais cara da história do futebol (o Real Madrid desembolsou 94 milhões de euros ao Manchester United, em 2009, pelo português), maior goleador de uma mesma temporada no Real Madrid (53 gols na temporada de 2011-2012)... O “Gajo”, atualmente com 27 anos, tem números incríveis. Foi revelado no Sporting-POR e se transferiu para o Manchester United em 2003, com o rótulo de “Novo Beckham”. Superando as expectativas, o camisa 7 conquistou a Premier League de 2007, 2008, 2009, a Champions League e o Mundial de Clubes de 2008. Nos “Red Devils” são 292 jogos e 118 gols. No Real Madrid ganhou “só” o Campeonato Espanhol de 2012 e a Copa del Rey: 2010-11. Acumula 144 atuações e 146 gols pelo time merengue. Já na seleção... Na Copa do Mundo chegou a semifinal de 2006 quando foi eliminado pela França. Em 2010 saiu da Copa numa derrota para a Espanha. Na Eurocopa de 2004 Portugal disputou a final em casa, contra a surpreendente Grécia. Felipão era o técnico, Figo, o veterano e C. Ronaldo a revelação do time luso. Foi a melhor chance de levar um título nacional, mas a Grécia ganhou de um a zero, e permitiu que o “Visões de Jogo” pudesse incluir o CR7 nessa lista. 

* Zlatan conquistou a Serie A também pela Juventus, mas o título foi caçado, por irregularidades na arbitragem

Lembra de mais algum craque que ainda não ganhou título com a seleção?
Comenta aí que o Visões de Jogo vai continuar com a série “Nascidos no Lugar Errado”

quarta-feira, 8 de agosto de 2012


A Volta do Amor e do Demolidor 

Um estava oito jogos sem fazer gol. Outro estava a cinco meses sem marcar, nem jogar. Nesta quarta, os dois reencontraram o caminho das redes e fizeram seus torcedores felizes, apesar do momento de Vasco e Flamengo serem bem diferentes.

Carlos Tenorio, pelo Vasco e Vagner Love pelo Flamengo, resolveram dar as caras novamente.

Com Dorival, Love é o único atacante de origem.
Contra o Figueirense deu certo, duas vezes
Love é craque indiscutível. Foi o jogador com a melhor média de gols do Campeonato Carioca de 2012, com 0,9 gols por jogo. No Brasileiro, marcou seis vezes, contra Sport, Internacional, Ponte Preta, Coritiba e os dois tentos contra o Figueirense.

Assim como o time Rubro-Negro o “Artilheiro do Amor” estava mal. Passou oito jogos (aproximadamente 806 minutos) sem marcar, acompanhando uma sequência de quatro derrotas do Flamengo .


Contra o Figueirense, o time da Gávea, pela primeira vez no campeonato, mostrou uma mínima organização em campo. Não encheu os olhos, mas foi suficiente para ganhar de 2 a 0 do lanterna do campeonato, no Orlando Scarpelli. Foi o suficiente para fazer Love voltar a marcar, voltar a ter confiança e voltar a ser alvo de esperanças.

Esperança, aliás, é o que não faltou a Calos Tenorio. Atacante de 33 anos, recém chegado ao futebol brasileiro, contratação de peso, muita expectativa... e uma lesão no tendão de aquiles. Foram cinco meses longe dos gramados, sendo a sua “reestreia” domingo, contra o Corinthians no empate de 0 a 0.

Carlos Tenorio jogou pela seleção equatoriana até 2011.
Recuperado de lesão, pode ter vida longa também no Vasco
Hoje, com campo pesado, Cristovão tirou Eder Luís ( mais uma vez nulo em campo) no intervalo e colocou mais um homem de área: El Demolidor.

Ele deu caneta, sofreu faltas e (finalmente) balançou as redes. O único gol do atacante equatoriano com a  camisa cruzmaltina tinha sido contra o Olaria, no Campeonato Carioca, no dia 3 de março. Roubou uma bola da defesa, deixou o goleiro do Sport, Magrão, no chão, limpou outro zagueiro e fez um golaço. Definitivamente, o “Demolidor” voltou.

A vitória do Vasco por 2 a 0, em Recife, contra o Sport, mantém a zaga do Gigante da Colina intacta por sete rodadas e o time na liderança provisória do Brasileirão.

Mais do que os três pontos conquistados por Vasco e Flamengo, essa quarta traz de volta ao cenário dois personagens importantíssimos para os seus clubes.

É como dizem, mais gols e alegrias virão, ou pelo Amor ou pela (Demoli)dor.


terça-feira, 7 de agosto de 2012


O Amarelo da Seleção é “Amarelo-Pequim”

Antes de mais nada: o blog é essencialmente de futebol, mas não tem como não falar da vitória do Brasil sobre a Rússia, hoje, no vôlei feminino.

Vibração da equipe foi fator importante para que o
Brasil superasse a seleção da Rússia
Não dá para não falar de como a atacante Sheilla começou mal no jogo e depois carregou o time nas costas no tie-break. Ah sim, tem que se falar que a arbitragem vacilou muito. Mas o Brasil foi maiúsculo, gigante e grandemente amarelo.

O primeiro set foi da Rússia, o Brasil empatou no segundo. A Rússia fechou o terceiro fazendo 2 a 1. No quarto set a seleção voltou a empatar. Faltava o tie-break, set decisivo de apenas 15 pontos.

Era para ser só 15 pontos: o jogo foi tão equilibrado que foi fechado em 21 a 19 para as brasileiras.

A meia de rede Thaísa foi maior do que seus 1.96 metros, pontuando bem durante todo o jogo. Fernanda Garay, além de concluir com sucesso as bolas que eram levantadas para ela, fez dois pontos de saque decisivos no tie break.

A ponteira Sheilla vinha com aproveitamento abaixo dos 20% até o último set. Guardou tudo para o final: foi a melhor jogadora do Brasil, virando três bolas seguidas em lances que, se ela errasse, a Rússia ganharia a partida.

E tinha tudo para dar errado:

1- O Brasil jogou mal na fase classificatória e perdeu para a Coréia do Sul e dos Estados Unidos. Ganhou da China, Sérvia e Turquia. Precisou que a seleção Norte Americana ganhasse da Turquia para se classificar. Sem confiança e jogando contra um time com jogadoras incríveis como Sokolova e Gamova, a expectativa não era boa;

2- A arbitragem foi falha. Deixou de marcar uma infração da Rússia por pisar na linha dos três metros e depois marcou “bola fora” num ataque brasileiro nitidamente dentro da quadra russa. Os dois erros aconteceram no tie-break e poderiam prejudica fatalmente o Brasil;

3- As meninas do técnico Zé Roberto já haviam “amarelado” na semifinal olímpica de Atenas, em 2004, e nas finais dos Mundiais de 2006 e 2010.  Daí veio a fama de que o time brasileiro não sabia jogar em momentos decisivos e que não ganhava da seleção russa.

Mesmo assim, sob diversas adversidades, a seleção nacional tirou seis mach points da Rússia no último set e passou para as semifinais contra o Japão.

As parciais do jogo foram 24/26, 25/22, 19/25, 25/22 e 21/19 no último set.

“Foi bom para tirar o estigma que o Brasil não ganha da Rússia. Em Pequim, ganhamos de 3 sets a 0 sem que elas fizessem 17 pontos em nenhum set”, foi o desabafo do técnico Zé Roberto após o jogo.

Jogadoras chorando, técnico emocionado... Sem dúvidas que estar a um ponto de ser eliminado por seis vezes seguidas, e mesmo assim virar o jogo, será um momento para impulsionar a seleção brasileiro para o ouro.

Somos atuais campeões do vôlei feminino. Depois de um cenário improvável, o Brasil ganha força na fase final das Olimpíadas. Parabéns para as meninas. Que o amarelo da seleção de 2004 seja esquecido, mas que a seleção de amarelo que continue com o tom de Pequim.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012


Um Leve Parabéns e as Prioridades do Fla

Liedson passa por má fase, mas foi decisivo no
título brasileiro do Corinthians no ano passado
Está confirmado. Liedson, atacante de 34 anos, voltará ao Flamengo. A primeira passagem aconteceu em 2002. O centro-avante já fez a alegria dos torcedores de Poções-BA, Prudentópolis-PR, Coritiba, Corinthians, Sporting de Portugal, além da seleção portuguesa.

O Levezinho é sim um ótimo reforço. Mesmo que o momento não seja o melhor, ele não desaprendeu a jogar futebol nas férias do ano passado para cá.

Na temporada 2011, Liedson foi artilheiro do Campeonato Paulista com 11 gols. No Brasileirão, que teve o Corinthians como campeão, ele foi o jogador que mais vezes marcou o gol da vitória para o time paulista, sendo decisivo em cinco partidas. Podemos dizer então que, sem Liedson, o Corinthians teria menos 10 pontos na classificação e não seria campeão, já que o Vasco ficou a dois pontos do título.O Flamengo é grande e precisa, sempre, de um jogador de perfil decisivo como Liedson tem.

O time carioca ouve a torcida clamar por um atacante desde que Adriano deixou o time campeão em 2009. Val Baiano não supria a vaga do “imperador” e Deivid já não era unanimidade da torcida depois de fracas atuações. Quando perdeu um gol inacreditável contra o Vasco na semi final da Taça Guanabara, o atacante recebeu seu sentença de perseguição.

Mas será que Liedson é realmente o que o Rubro Negro precisa?

Ainda que a torcida fale em trazer um “camisa 10” e a diretoria traga um atacante experiente e matador para o elenco, a defesa é um setor que pede urgência.

No Campeonato Nacional, o time da Gávea tem um ataque abaixo das expectativas, mas longe de ser o pior. São16 gols marcados em 13 rodadas, sendo o décimo primeiro time com mais tentos. O melhor ataque pertence ao Atlético-MG, com 25 gols.

A defesa é mais preocupante: é a quinta mais vazada do campeonato, tendo levado 21 gols. A defesa mais “peneira” do Brasileiro é a do Coritiba, que sofreu 27 gols.

O ataque do Flamengo já tem outro craque, Vagner Love, que tem capacidade indiscutivel.

Já a defesa conta com o defensor brasileiro naturalizado chileno, Marcos González, que chegou com o título de “melhor zagueiro das Américas”, mas que ainda não jogou o suficiente para ser o melhor do Rio de Janeiro.  Sem falar que Welinton não é o zagueiro dos sonhos da massa Rubro-negra…

O Levezinho é um ótimo reforço e vai desafogar Vagner Love no ataque. O problema é que a necessidade de arrumar a zaga poderia ter uma atenção maior da diretoria.

Se realmente a melhor defesa for o ataque, o Flamengo está no caminho correto para se acertar.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012


O Vasco e a Mania de “Primeiros”

O Vasco e os seus “primeiros”. Hoje, primeiro de Agosto, faço minha primeira postagem sobre o Clube de Regatas Vasco da Gama. Estréia do Vasco no “Visões de Jogo”, mas esse está longe de ser o maior motivo cruzmaltino para comemorar.

Ha exatos 38 anos, o Vasco dava uma mostra da grandeza que teve desde o seu nascimento: levava o primeiro “caneco” do Campeonato Brasileiro para São Janúario.

O primeiro título nacional vascaíno veio numa final contra o Cruzeiro, com Maracanã lotado e placar apertado.  O Vasco marcou primeiro com Ademir, aos 14 minutos da primeira etapa. Nelinho descontou para a raposa mineira aos 19 do segundo tempo. Coube a Jorginho Carvoeiro, aos 33 minutos da segunda, etapa fazer o gol da vitória.

Jorginho Carvoeiro era o companheiro de ataque de um jovem promissor, um tal Roberto Dinamite. O atual presidente foi artilheiro daquela edição do Brasileirão com 16 gols.  Dinamite ainda faria mais 174 gols  em outros Brasileiros, o que o faz o maior goleador da história do campeonato.

O Brasileirão de 74 foi disputado com 40 equipes, em 447 partidas, 948 gols e média de 2,12 gols por jogo. Uma média alta: o número de gols por partida de toda a história do Brasileirão é de 2,50 gols a cada jogo. A média só não é maior porque, em outro primeiro de agosto, um acontecimento MITOlógico ocorreu.

Dedé chegou ao Vasco em 2009. Com
poucas chances no time, ia se transferir
para o mercado asiático. Ele não foi.
Sorte do Vasco

Anderson Vital da Silva, o Dedé, fez seu primeiro jogo oficial com a camisa cruz-maltina no dia primeiro de agosto de  2010. Saiu do banco para substituir o volante Amaral. Jogo seguro, sem comprometer.

Mesmo antes da partida, a impressão do camisa 26 já era ruim. O motivo? Às vésperas da Taça Guanabara de 2010, Dedé machuca Carlos Alberto no treino. O “CA19” já era ídolo vascaíno pela campanha na série B do ano passado.

A primeira partida como titular foi na Copa do Brasil do mesmo ano e daí pra frente...

Na eleição de melhor zagueiro do Brasileirão de 2010 e 2011 Dedé foi o primeiro, mostra do desempenho que o fez ganhar o apelido de Mito.

 Ídolo da torcida, mesmo tendo “só” três anos no Vasco, Dedé acumula 131 jogos e 15 gols com a camisa do clube carioca, além da conquista do título inédito da Copa do Brasil.



Hoje, primeiro de agosto de 2012, o Vasco já ganhou mais três títulos nacionais e é candidato ao brasileiro desse ano.O artilheiro de 74 virou presidente do Gigante da Colina. Dedé é o jogador mais caro do elenco, com contrato até 2015 e multa rescisória de 70 milhões de reais.

Atualmente o Vasco está em segundo lugar no Campeonato Brasileiro, atrás do Atlético-MG. No que depender dos remanescentes do primeiro título brasileiro do Vasco e de Dedé, no primeiro domingo de dezembro ( última rodada do Brasileiro), o clube carioca vai estar em primeiro.

Escalação da Final de 74 do Vasco da Gama:

Andrada; Fidelis, Miguel, Moisés e Alfinete;
Alcir, Zanata e Ademir;
Jorginho Carvoeiro, Roberto Dinamite e Luis Carlos.
Técnico: Mário Travaglini.

Escalação da final de 74
Vasco Campeão Brasileiro